Conheça um pouco dos livros
Pedro Bruxo
O coronel Fagundes manda em Santa Helena. Seu poder e dinheiro elegem o prefeito e os vereadores, determinam o que pode e o que não pode ser feito na cidade. Todos o respeitam – alguns com medo. Mas há alguém que, sem saber, foge às regras determinadas pelo coronel. É Pedro, curandeiro que vive afastado da cidade, e a quem as pessoas recorrem em buscas de chás e infusões que lhe curem os males de saúde. O Pedro curandeiro, o Pedro bruxo. E quando alguém afronta as regras estabelecidas pelo poder, paga o preço de sua rebeldia.
O Grito Dos Mudos
Nicolau, 47 anos, trabalha – de forma exemplar, diga-se de passagem – como lavador de pratos num restaurante. Mas essa aparente estabilidade de sua vidinha simples começa a desmoronar na manhã em que surpreende o dono do estabelecimento negociando com um vendedor de máquinas de lavar louça. O Grito dos Mudos, premiado romance de Henrique Schneider, narra essas 24 horas na vida de Nicolau. Desesperado com a perspectiva de desemprego, ele não tem coragem de voltar para casa, passa a noite entre prostitutas e mesas de bar, planeja dizer umas verdade a seus superiores e, literalmente, pôr fogo no restaurante. No dia seguinte, no entanto, uma surpresa o aguarda.
O tempo quase
O texto conta a história de Martina, uma garota de quinze anos, considerada feliz por seus pais, e o que a teria motivado a tentar o suicídio. Durante o relato, o leitor pode perceber as angústias comuns à adolescência, o medo do futuro e a insegurança para dizer o que se quer e o que não se quer. Os pais deparam o conflitante episódio, são ajudados pela médica e pelo psicólogo do hospital, e entendem que se veem diante de um delicado problema que só o diálogo e o tempo poderão esclarecer.
Respeitável público
Teodoro Alegria governa a cidade de Galateia a fogo e favores. Entre os ofícios pouco urgentes e a fome intratável, com a esposa e a filha tranquilas e um tanto tristes, ele vive como acha que deve ser. Eis que chega o Holywood, pobre na estrutura, rico na extravagância. O trapezista com olhos cor de púrpura, a cigana com aroma de sândalo, o dono do circo com dentes de ouro — todos dispostos a oferecer ao respeitável público um espetáculo com tradição e grandeza.
No dia da estreia, uma força inexplicável surge como ameaça ao poder do prefeito. Destino? Sorte? Do picadeiro ao gabinete, nas ruas malcuidadas e nos cafés sonolentos, agora só se fala nisso.
A vida é breve e passa ao lado
A vida é breve e passa ao lado reúne contos publicados por Henrique Schneider em sua coluna dominical. Ficcionista com agilidade de cronista, o autor trata de temas como relacionamentos, pequenos crimes, a solidão. Com um texto leve, que tanto pode fazer rir como provocar tristeza, Henrique cria personagens que você encontra todos dos dias – e algum deles pode estar, neste momento, bem do seu lado.
Contramão
Porto Alegre, seis e meia da manhã. Otávio Augusto desperta para mais um dia de trabalho. Após tomar banho, o que sempre lhe traz de volta à vida, separa suas roupas meticulosamente, combinando cada peça com cada acessório. A preparação para o trabalho mais parece um ritual, seguido de um café forte e fatias de pão quente. Contramão, de Henrique Schneider, introduz o romance por meio da descrição de uma personagem extremamente zelosa com a imagem, dotada de fortes ambições profissionais e de uma agenda impecavelmente organizada.
Setenta
Raul é um bancário dedicado, um cidadão de bem levando uma vida tranquila em junho de 1970: destina todas as suas energias ao trabalho e a política não lhe interessa. Até que um dia, em meio ao clima de euforia patriótica às vésperas da final da Copa do Mundo, ele é confundido com um militante, preso e atirado em uma cela para confessar algo que não sabe. A partir daí, o jogo vira, e ele passa a viver o que de mais terrível aconteceu no Brasil nos anos de chumbo.
Livro vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2017.
A Solidão do Amanhã
Fernando é um jovem membro do movimento estudantil que, após uma passagem repentina pela prisão, precisa deixar o Brasil imediatamente. A escolha é o Uruguai, e o plano é cruzar a fronteira em Aceguá, no Rio Grande do Sul, até Melo ― de onde, sob nova identidade, seguirá para Montevidéu. Porém, é preciso chegar até lá, e a tarefa de conduzi-lo por uma estrada repleta de incertezas cabe ao cauteloso Jorge Augusto, pai do seu melhor amigo de infância. Através dos silêncios e contrastes entre esses dois protagonistas, embarcamos em uma jornada sobre os medos e as expectativas de quem deixa a própria vida para trás na tentativa de não abandonar tudo aquilo que acredita.
